Você seria capaz de amar um filho homossexual?

Photo by Tom The Photographer

No país em que a cada 19h uma pessoa é morta ou comete suicídio simplesmente por ser homossexual (dados subnotificados), afirmar que: “se eu vir dois homens se beijando na rua, vou bater!”, “prefiro que um filho meu morra num acidente do que apareça com um bigodudo por aí” ou “seria incapaz de amar um filho homossexual”, é de uma imoralidade incomensurável.

Ainda assim, sua imagem é vendida, especialmente por uma parcela significativa de cristãos, como alguém que defende “valores morais”. Pense, por exemplo, nessa última afirmação sobre a incapacidade de amar um filho homossexual. Entre cristãos é unânime a noção de que se deve “amar o pecador e não o pecado”. Então, a incapacidade de amar um pecador (assim considerados os homossexuais por parte dos cristãos) coloca em xeque tanto a fé como a moralidade de quem se coloca como o “guardião da moral e dos bons costumes”.

Portanto, contribuir para engrossar o caldo de cultura da violência contra homossexuais somente por conta de sua orientação sexual, é moralmente inaceitável. Ninguém precisa ser LGBT para se posicionar contra a violência que essa população está submetida. Só precisa ser humano.

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